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sábado, 24 de maio de 2008

UM DOCE AMANHECER



Isolina de Alencastro Veiga

Este não é um amanhecer qualquer...
nada normal
e dar-lhe ei a conhecer
dulcíssimo segredo,
sem que nem eu mesma possa de fato crer.
Ali estávamos. Em total abandono!
Abandonados à febre do amor/paixão.
Tudo a rodopiar... contorcionistas,
sem domínio do momento
nossos corpos não conseguiam, e
nem sequer quiseram opor resistência.
Envolvidos pela própria melodia ritmada
nossos corpos sem recusas,
perdidos na noite... insones,
unidos pelos beijos suaves, selvagens...
A selarem tal segredo.
Aquele imenso desejo,
explodindo na noite!...
Só então percebi...
eu dormia!
Mas se tudo não fosse um sonho
se ao menos ele não fosse um sonho,
me deixaria cingir e me abandonaria
tão envolvente e sufocante era o abraço...
O que faz o amor, por um momento?
é um sentir intenso
esquecida de tudo, desarmada,
totalmente entregue.
Suas mãos me levariam ao desfalecimento...
ouviria sua respiração sobre meu colo...
Legami/
Dominami/Domina-me
Baciami/beija-me
Toccami/toca-me
E fammi morire.../e faz-me morrer...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

FALE DE MIM...



Falou...
a ouvidos insensíveis
suas palavras deveriam ser inaudíveis.
Sofri tanto pela incompreesão.
As pessoas nos intrerpretam pelo que são.
Copioso pranto noite adentro.
Desfeito foi meu alento...

Isolina de Alencastro Veiga
Gyn.07.08.08